Em se tratando de religião, as primeiras lembranças não são claras. Tenho recordações de minha vó Chica, que era chegada num candomblé ou umbanda, nunca soube diferenciar. Fazia questão de levar toda família no “terreiro”. Só sei que não era uma sensação boa. Sempre era à noite e era uma gente estranha fazendo coisas esquisitas. Me incomodava o barulho e os gritos, nem sei explicar o motivo desse incomodo; não entendia nada, simplesmente não gostava! Isso durou pouco e depois não houve mais “tentativa religiosa” naquela época. Por outro lado, minha mãe não seguia nenhuma religião. Falava sempre em Deus, mas nunca me apresentou a Ele, até então!
Sabia que eu não era pagão, pois tinha uma madrinha, conheci ainda criança, chamava-se Terezinha e morava em Cubatão/SP. Toda vez que íamos visitá-la, fazia doces e bolos gostosos só para me agradar, o que me deixava mais mimado ainda! As viagens de trem descendo a serra do mar eram inesquecíveis. A paisagem, o barulho na estação, os sons da “Maria fumaça”, das pessoas, era uma aventura deliciosa! Talvez venha daí meu desejo de viajar. Aquela sensação de liberdade! E foi ela que sempre permeou minha vida. Eu não sabia o quê ou quem era Deus, sabia que existia uma sensação de liberdade!
Recordo-me, ainda jovem, passava horas diante do mar, tentando entender os por quês da vida. Olhando aquela imensidão nunca tive resposta; mas só pelo fato de estar ali, refletindo e pensando; já me dava grande alívio!
Então sempre me acompanhava o sentimento de querer “buscar respostas”, saber a razão das coisas, descobrir qual a chave “pra entrar em sintonia com o universo”. Eu queria entender porque era diferente dos outros meninos, porque tinha um gosto diferente e porque me sentia assim... Inúmeras vezes durante minha vida, nos momentos de crise, eu me refugiava diante do mar.
A primeira vez que eu fui apresentado a Deus, foi em Macaúbas/Ba, ao fazer parte do grupo de jovens da Igreja Católica. Explico que “fazer parte” era algo prático, estava no dia a dia das pessoas com as quais eu convivia. Pela primeira vez eu estava inserido em um grupo e era bastante enriquecedor. Significa pertencer, participar, estar junto. Foi assim que eu comecei a “entender as coisas” sobre DEUS! Com aquela gente humilde dos lugares longínquos, que demonstravam sua alegria pela nossa presença e nos retribuíam com o que tinham de melhor; no compromisso daqueles jovens em levar palavras de carinho e alimentos para aquelas pessoas que nem conheciam! Foi assim que o Amor de DEUS entrou na minha vida!
Só que ainda faltava muito para entender o que isso significava para mim. Esse “Amor” criou uma raiz em mim que precisava ser regada e alimentada. Busquei-o em diversos momentos e circunstancias. Freqüentei Hare Krishna, Seicho No Ie, Grupos Espíritas Kardecistas, enfim... Uma infinidade de crenças!
Anos mais tarde, morando em Salvador, visitando uma cliente do banco em que eu trabalhava, apresentou-me de forma ilustrativa a um cara chamado “Jesus”, eu já tinha ouvido falar nele, mas não com tanta propriedade! Aquela garota tinha luz até no nome e falava com tanta empolgação que me chamou a atenção. Dias depois em seu escritório, insistiu que eu fizesse uma oração e entregasse minha vida pra Jesus! Ajoelhamos-nos e eu repetia as frases que ela dizia. Não me lembro exatamente o que significava, mas lembro de ter impactado minha cabeça. Bom, minha vida não mudou nada! Eu continuei sentindo o mesmo vazio e experimentando muitas situações negativas chegando a presenciar “o cheiro da morte”!
Em meio a tudo isso, retornei para São Paulo e lá fui convidado
por minha tia Madá, a conhecer um grupo de esportistas. Ela sabia que eu gostava de jogar bola e então me levou para conhecer os “Atletas de Cristo”, na época fazia muito sucesso. Havia o Silas e o Miller (jogadores de futebol), dentre outros. Também conheci o Alex Dias Ribeiro (corredor de Formula 1) que me contou a história da bíblia sobre a “salvação” para todas as pessoas! Na segunda reunião, tive a convicção de que queria receber aquele “JESUS” tão real, vivo e amigo!
por minha tia Madá, a conhecer um grupo de esportistas. Ela sabia que eu gostava de jogar bola e então me levou para conhecer os “Atletas de Cristo”, na época fazia muito sucesso. Havia o Silas e o Miller (jogadores de futebol), dentre outros. Também conheci o Alex Dias Ribeiro (corredor de Formula 1) que me contou a história da bíblia sobre a “salvação” para todas as pessoas! Na segunda reunião, tive a convicção de que queria receber aquele “JESUS” tão real, vivo e amigo!
Como se uma luz invadisse todo o meu ser, uma sensação de alívio, de paz e tranqüilidade. Todas as minhas dúvidas se dissiparam naquele momento e nos outros subseqüentes. Freqüentei a Igreja Batista do Morumbi, uma igreja muito “chique”, freqüentada por famosos e gente rica. Era bonito ver aquela mistura de classes sociais, pois tinha gente pobre também! Aprendi muito com todos! Me batizei e comecei a fazer Faculdade de Teologia. Foram os melhores anos de minha vida, sem dúvida alguma! Foram 02 anos em total harmonia com tudo e com todos. Não sentia necessidade de sexo, nem me masturbava, duas coisas em que era viciado! Meu alimento era espiritual, me fortalecia dia a dia. Participava de grandes eventos, conhecia outras denominações, acompanhava grupos musicais, freqüentava círculos de amizades onde experimentava amor fraterno genuíno.
Até que as tentações vieram e em dobro! Dúvidas e incertezas povoaram minha mente. Nessa época eu fazia curso preparatório para me tornar missionário, namorava uma "varoa" e até pretendia me casar. Só que num momento de luz desisti da igreja. Mas nunca de DEUS. Que eu já conhecia muito bem! ELE se manteve sempre do meu lado, apoiando, dando forças pra continuar a difícil caminhada da vida. Até hoje se mantém fiel com seu AMOR INCONDICIONAL! Posso dizer que não faço apologia a nenhuma religião, conheço e tenho grandes amigos que freqüentam, participam e se envolvem com diferentes igrejas e religiões. Não defendo nenhuma! Cada um sabe de si e de sua crença. Eu prefiro ficar com DEUS somente, digo e sinto que estou em paz com o Universo! Não pratico nenhuma religião, não me identifico com cerimoniais, rituais, dogmas e homilias, nunca me identifiquei.
Até que as tentações vieram e em dobro! Dúvidas e incertezas povoaram minha mente. Nessa época eu fazia curso preparatório para me tornar missionário, namorava uma "varoa" e até pretendia me casar. Só que num momento de luz desisti da igreja. Mas nunca de DEUS. Que eu já conhecia muito bem! ELE se manteve sempre do meu lado, apoiando, dando forças pra continuar a difícil caminhada da vida. Até hoje se mantém fiel com seu AMOR INCONDICIONAL! Posso dizer que não faço apologia a nenhuma religião, conheço e tenho grandes amigos que freqüentam, participam e se envolvem com diferentes igrejas e religiões. Não defendo nenhuma! Cada um sabe de si e de sua crença. Eu prefiro ficar com DEUS somente, digo e sinto que estou em paz com o Universo! Não pratico nenhuma religião, não me identifico com cerimoniais, rituais, dogmas e homilias, nunca me identifiquei.
Somos seres espirituais e cada um tem sua identificação com DEUS do jeito e da maneira que ELE entende o que você quer dizer ou fazer. DEUS me conhece intimamente melhor do que eu mesmo. Não há uma regra que molde nosso relacionamento! Respeito, admiro e converso com ELE em todos os momentos possíveis. Tem dias que não quero papo e tem dias que não saio do pé DELE! Hoje me vejo como espiritualista e ultimamente me sinto atraído por experiências espíritas mas isso é uma outra história...